Governo quer fixar professores e anuncia contratações

Sindicatos estiveram reunidos pela primeira vez com o novo ministro da Educação

O Governo quer fixar professores para combater a falta de docentes. O ministro da Educação, João Costa, reuniu-se, pela primeira vez, com os sindicatos de professores e assegurou que vai avançar com contratações já nas próximas semanas.

A preocupação é comum: a falta de professores nas escolas portuguesas. Até ao final deste ano letivo, o ministro da Educação quer recuperar cerca de 5.000 docentes e compensar as aulas em atraso.

Um dos objetivos passa também por atrair as novas gerações para o ensino. Para o ministro, é também preciso “garantir uma maior estabilidade na vida dos professores, acabar com esta casa às costas”.

De acordo com dados do Pordata, no próximo ano letivo cerca de 100.000 alunos correm o risco de não ter professor em pelo menos uma disciplina. O Governo quer evitar o pior e os sindicatos estão abertos a negociações.

Sindicatos reconhecem disponibilidade do ministro para negociar

Os sindicatos consideram que o encontro, que durou pouco mais de duas horas, não trouxe novidades significativas. Afirmam que se centrou muito em intenções já conhecidas para resolver a falta de professores, reconhecem uma maior disponibilidade negocial.


Nos últimos anos, vários sindicatos acusaram o Ministério da Educação de impor aquilo que designavam de “bloqueio negocial”, mas notam agora uma mudança.

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João Dias da Silva, da Federação Nacional da Educação (FNE), notou essa diferença, que sublinhou como sendo positiva.

Segundo o dirigente sindical, houve da parte do Ministério da Educação um compromisso com o diálogo, apesar de se tratar de um governo de maioria absoluta, mas o secretário-geral da FNE ressalva que é importante que esse compromisso se concretize.

“Esperamos que estas afirmações tenham agora concretização na marcação de reuniões, mas também na capacidade de acolhimento para as propostas das organizações sindicais. Não é apenas fazer reuniões, é preciso que tenham tradução no respeito e acolhimento dos pontos de encontro que for possível construir”, disse.


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