17 Novembro 2021
Atualidade
O Ministério da Educação recusa-se a assumir a responsabilidade de ter ignorado os problemas que afetam a dificuldade de garantir que haja docentes em número suficiente para garantir o normal funcionamento das nossas escolas e do sistema educativo.
Com efeito, ao apresentar hoje o estudo da Universidade Nova que confirma o que a FNE tem vindo a denunciar ao longo dos últimos anos, e que se traduz na crescente insuficiência de docentes para garantir o direito dos alunos a terem professores de todas as disciplinas, o Ministério da Educação escuda-se agora com a crise política e com o chumbo do Orçamento de Estado para dizer que não tem, no momento, condições para negociar a revisão do regime de concursos de docentes.
A verdade é que este Ministro da Educação ignorou, ao longo dos últimos seis anos, os avisos que a FNE tem vindo sistematicamente a fazer, juntamente com entidades como o próprio Conselho Nacional de Educação (CNE), para que se adotassem políticas que combatessem a mais que prevista insuficiência de professores no sistema educativo.
Ao longo de todo este tempo, foi este mesmo Ministro da Educação que baixou drasticamente a atratividade da profissão docente, que ignorou o cansaço acumulado de milhares de profissionais precários obrigados a correr o país para assegurar as aulas nas escolas, que originou a diminuição sistemática de alunos a escolher os cursos de formação de professores, que desprezou os milhares de docentes qualificados que abandonaram a profissão, desmotivados e insatisfeitos.
A FNE não se limitou a denunciar o problema, como também apresentou propostas concretas para a sua solução, que foram desprezadas pelo Ministério da Educação, na constante recusa de qualquer momento de diálogo e de concertação.
A FNE não aceita, assim, que este mesmo Ministério da Educação queira agora transformar-se em vítima num processo em que é claramente o maior culpado do estado a que se chegou e da falta de ação e de capacidade estratégica para resolver os problemas que todos lhe apontavam.
Porto, 17 de novembro de 2021
A Comissão Executiva da FNE
Comunicado FNE - 17 NOV 2021 [PDF]
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