25 Outubro 2025
Comunicação Social
Indisciplina crescente nas salas de aula, excesso de burocracia e falta de condições de trabalho continuam a preocupar os professores portugueses.
Um em cada três educadores de infância e professores dizem haver mais burocracia nas escolas, segundo um inquérito nacional em que a maioria dos docentes se queixa de falta de condições para trabalhar. Estes são alguns dos resultados do inquérito levado a cabo pela Federação Nacional da Educação (FNE) e Associação para a Formação e Investigação em Educação e Trabalho (AFIET), ao qual responderam mais de dois mil docentes de todo o país.
O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (Andaep) considerou a indisciplina na sala de aula "uma das grandes preocupações" no ensino e lamentou a falta de valorização da carreira docente.
As respostas ao inquérito revelam que quem trabalha nas escolas continua a enfrentar "níveis preocupantes de burocracia excessiva, condições de trabalho inadequadas e falta de meios materiais e tecnológicos", refere a FNE numa nota enviada para a Lusa.
No inquérito realizado este mês, 37% dos docentes disseram que a carga burocrática aumentou e 57% consideraram que se mantém elevada.
Para a FNE, estes resultados confirmam que as medidas anunciadas pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação "ainda não tiveram efeitos concretos nas condições de trabalho dos docentes, nem no quotidiano das escolas".
Apesar das recentes indicações do Ministério relativas à clarificação do que deve ser considerado trabalho letivo e trabalho não letivo, "a FNE constata que continuam a verificar-se situações de desrespeito pelo Estatuto da Carreira Docente (ECD), com a imposição de tarefas que extravasam" o definido no estatuto.
Para além da sobrecarga burocrática, os professores queixam-se também das condições de trabalho, com 60% dos inquiridos a afirmar que não dispõem de espaços adequados para o trabalho individual ou colaborativo.
"Apenas 65% consideram as salas de aula e os espaços escolares adequados, o que demonstra que um terço das escolas apresenta deficiências estruturais", acrescenta a FNE.
Também apenas 30% indicam que os equipamentos tecnológicos são funcionais e em número suficiente para responder às necessidades letivas.
Para a FNE, os resultados do inquérito refletem uma realidade que "compromete o bom funcionamento das escolas e a qualidade das aprendizagens", pedindo por isso "intervenções urgentes na melhoria dos espaços escolares e no reforço dos meios tecnológicos".
(...)
Notícia completa aqui: https://sapo.pt/artigo/indisciplina-e-burocracia-nas-escolas-entre-as-maiores-preocupacoes-dos-professores-68fc83bdfc32ddef58f18540
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