12 Março 2018
Notícias FNE
A delegação da FNE, composta pelo Secretário-Geral (SG) João Dias da Silva, pela Vice-Secretária-Geral Lucinda Dâmaso e pelos Secretários Nacionais Josefa Lopes, Gabriel Constantino e José Eduardo Gaspar, ouviu o Governo limitar-se a concretizar aquilo que tinha sido a proposta apresentada na reunião anterior, que aconteceu a 28 de fevereiro e que comprime a carreira dos professores que esteve congelada 9 anos, 4 meses e 2 dias, em 2 anos, 9 meses e 18 dias.
Para João Dias da Silva "tinham-nos dito que eram 2 anos, e 10 meses, agora concretizaram esta nova proposta, no que parece ser um ‘rolo compressor' sobre o tempo de trabalho que os professores realizaram. A carreira dos professores é transformada num acordeão: num dia é amalgamada, comprimida, em 2 anos, 9 meses e 18 dias e a seguir é alargada porque desta forma o tempo de duração da carreira vai ser muito maior do que aquele que inicialmente estava previsto para que se desenvolvesse a carreira dos professores", afirmou.
Para a FNE, isto é absolutamente inaceitável. É inaceitável que o Ministério da Educação hoje não tenha feito mais do que concretizar esta decisão de ignorar o tempo de trabalho que os professores realizaram. Para o SG da FNE "durante estes 9 anos, 4 meses e 2 dias os alunos tiveram aulas, prestaram provas, fizeram exames, terminaram ciclos de estudos, entraram no ensino superior, tiveram certificados de formação. E agora o Ministério da Educação quer ignorar todo este trabalho que os professores realizaram e dizer-lhes que esse tempo afinal não existiu, que esqueçam esse tempo, que não pode ser contabilizado para a sua carreira. O Governo não pode ignorar este tempo", disse.
Os professores nesta greve de 13,14,15 e 16 de março vão dizer ao Governo que este não pode ignorar, não pode fazer desaparecer ou comprimir o tempo de serviço que esteve congelado. João Dias da Silva deixou o apelo: "É fundamental que a resposta dos professores a esta decisão conclusiva do ME quanto a este procedimento de recuperação do tempo de serviço congelado, seja uma adesão fortíssima à greve. Vamos participar nesta greve com toda a convicção de que é nesta greve que temos de dar uma resposta e um sinal ao Ministério da Educação e ao Governo de que não podem ignorar os seus professores.
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