19 Novembro 2024
Acontece
O 3.º Colóquio “Desafios Curriculares e Pedagógicos na Formação Docente” subordinado ao tema “Liberdade e Justiça Social”, tal como os precedentes, visa constituir um espaço de debate e de divulgação de múltiplos estudos centrados em problemáticas atuais e pertinentes das políticas educativas centradas nos currículos escolares e na formação de professores nas sociedades ocidentais. Assinalando-se, em 2024, os 50 anos da Revolução de Abril, o colóquio associa-se às inúmeras iniciativas que decorrem, na Universidade do Minho (que também comemora 50 anos de existência) e na sociedade portuguesa, de celebração desta efeméride. Os avanços na escolaridade da população portuguesa têm sido impressionantes: de taxas de analfabetismo superiores a 25%, nos anos 70, a taxas de 3% na presente década; de taxas de abandono escolar na ordem dos 50%, na década de 1990, a taxas inferiores a 10% na presente década; de taxas de escolarização no ensino secundário inferiores a 5%, em 1974, a taxas de 88% em 2022.
Não há Abril cumprido sem um currículo e formação docente que rompa com o conhecimento regulação e que pugne por um conhecimento emancipador. Como lembra Jurjo Torres Santomé (2021), o curso da história nunca foi linear e nunca impediu as pessoas de pensar, imaginar e criar modos de agir para mudar o mundo (p. 411). Assim, cinquenta anos depois de Abril, como pensar, imaginar, criar um currículo escolar e uma formação docente mais livre e socialmente mais justa?
O colóquio propõe um espaço académico e profissional para explorar respostas a esta questão e outras como: Que preocupações de educação para a justiça social revelam os programas curriculares e de formação de professores? Como pode a escola, o currículo e os programas de formação promover a educação para a paz e para os direitos humanos? Como podem as escolas públicas se constituir como espaços (mais) inclusivos? Que respostas curriculares e pedagógicas são dadas pelas escolas a populações marcadas por processos de discriminação e exclusão social? De que modo são/ podem ser as tecnologias digitais de comunicação inclusivas? Quais são as implicações para a qualidade dos programas de formação a distância? Que interesses são servidos pelos conteúdos curriculares escolares? Qual o papel dos manuais escolares e de outros recursos educativos (tecnológicos) na construção do conhecimento construído na e pela escola? Que respostas curriculares e pedagógicas estão a ser dadas a populações em risco de abandono escolar? De que modo estão os currículos e os programas de formação de professores a preparar profissionais para atuarem numa sociedade da informação e do conhecimento? Que currículos e formação de professores pede uma sociedade multicultural? Como se posicionam currículo e formação de professores perante o dealbar de nouveaux hemisfério da inteligência artificial? De que modo o currículo e os modelos atuais de formação docente (inicial e contínua) promovem práticas de liberdade e de justiça social? Estas e outras interrogações serão objeto de reflexão no colóquio, que se organiza em formato de diálogos entre pessoas convidadas.
Torres Santomé, J. (2021). Teacher education as an inclusive political project. In J. M. Paraskeva (Ed.), Critical transformative educational leadership and policy studies: A reader. Discussions & solutions from the leading voices in education (pp. 395-412). Myers Education Press.
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