Com ponto de encontro no Cais da Ribeira de Esgueira, em Aveiro, a manhã de sábado começou em alegria, à medida que os jovens professores, amigos e familiares foram chegando. Depois de distribuídos os chapéus da Juventude, em celebração dos 50 anos do SPZN, e passados alguns minutos de convívio, chegou o momento de iniciar o trilho que teria como limite a Ponte caída sobre o rio Vouga, em Vilarinho, a partir de onde se fez o caminho inverso, totalizando uma distância de 10km.
Durante toda a atividade, os professores aproveitaram o encontro para
estreitar relações, partilhando experiências e inquietações comuns, no que à carreira docente concerne. Além do convívio - tão necessário -, esta caminhada revelou-se, ainda, uma
oportunidade valiosa para a saúde física e mental dos presentes. Tal deveu-se, não só à prática de exercício físico, como ao ambiente natural que os rodeava. Inseridos na área protegida da Ria de Aveiro, os passadiços escolhidos para a Caminhada da Juventude acompanham a belíssima ria, convidando à descoberta daquele ecossistema deslumbrante, tão rico em avifauna e flora. Assim, envoltos nesta natureza virgem e em boa companhia, esta manhã serviu como forma de retemperar energias para quem se juntou à Comissão da Juventude SPZN.
Além de promover um momento de convívio e bem-estar, a iniciativa pretendia, ainda,
sensibilizar para a importãncia de atrair os mais jovens e incentivá-los a ingressar na Carreira Docente. Porém. para que tal aconteça, é necessário que a profissão seja devidamente valorizada. Nesse sentido, já foram dados alguns passos; contudo, é necessário continuar a investir na Educação e nos seus profissionais, de modo a colmatar a grave falta de professores que já se faz sentir em algumas regiões do país.
Segundo
Carla Machado, dirigente do SPZN e coordenadora da Comissão da Juventude, “o futuro da educação em Portugal está em causa, se não se agir rapidamente contra o tempo. É crucial que os mais jovens se interessem pela profissão e abracem o ensino com entusiasmo, mas para isso é necessário que a vejam como uma profissão de futuro, de crescimento pessoal e social e que lhes seja permitido conciliar a vida familiar e profissional, permitindo desta forma uma estabilidade emocional tão necessária ao bom desempenho dos docentes".
Caso contrário, a professora acredita que "dentro de muito pouco tempo, vamos encontrar salas de professores desertas, arriscando-nos a ter no futuro, quando a necessidade for premente, gente medíocre que se abeira da profissão docente, sem qualquer gosto, inclinação e vocação.”
Com o lema "pela valorização da carreira docente", esta foi mais uma iniciativa de reivindicação em prol de uma Educação de qualidade em que a carreira docente seja atrativa para os mais jovens, pois só assim poderemos contrariar a tendência para o envelhecimento da profissão. Como tal, o nosso agradecimento a todos os participantes, ficando, desde já, o convite para as próximas Caminhadas da Juventude, nas quais esperamos ter cada vez mais jovens professores.
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