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5ª etapa - Caminho da Geira e dos Arrieiros


21 Outubro 2025

Ação Social e Cultural

5ª etapa - Caminho da Geira e dos Arrieiros

5ª Etapa: Capela de Sobreira (Ferreiros/Entrimo) - Castro Laboreiro

No último sábado de agosto, não haveria melhor atividade para nos despedirmos das férias do que mais uma etapa do Caminho, conduzida pelos professores Manuel Araújo e Manuela Felício. Juntou-se a nós uma jornalista do semanário “Alto Minho” que nos acompanhou durante esta etapa, recolhendo material para um artigo do suplemento “É Já Ali!”, em banca nos finais de outubro.

Com paragem “técnica” em Britelo, para a comemoração dos aniversários do mês, com iguarias e o belo cafezinho (e quase expulsos por dois belos exemplares de Barrosã), o autocarro levou-nos à Capela de Sobreira.

Atravessamos Ferreiros e logo entramos na Geira, percorrendo os bosques densos, frescos, pontilhados por tufos de fofos e viçosos musgos e líquenes de vários tons de verde, com o rio Agro por perto. Mais uma paisagem belíssima e um ar puríssimo (exceto quando passamos junto a uma suinicultura. O cheiro pouco agradável foi o combustível para subir mais rápido!). Atravessamos o rio no Pontillón do Portomuiño, mais uma construção romana. Cruzamos a aldeia de A Pereira, com um interessante Sendeiro da Ruta do Pan, que dá conta do uso comunitário do forno e do moinho para o fabrico do pão, reunindo “(…) famílias e vizinhos em torno da lareira, onde se contavam histórias e relatos que se transmitiam de pais para filhos. Eram também frequentes os cânticos e salmos que, segundo as crenças populares ajudavam a levedar a massa. – Que Deus te aumente com São Vicente, que Deus te levede com São Mamede” (in cartaz informativo).

Mas A Pereira tem uma curiosidade – a Igreja de S. Facundo. Segundo o nosso guia, o Professor Manuel Araújo, este santo não existe.

Ali, em A Pereira, já no troço final da aldeia, teve início a “temporada das colheitas”: foi um tal colher de amoras silvestres e figos! Silvas e figueiras bordejavam o caminho, estavam ali “à mão de semear”, neste caso, de colher, comer e chorar por mais!

A Geira deu lugar a um caminho florestal, as árvores foram rareando dando lugar a uma vegetação rasteira e a uma paisagem de sonho ou de filme! A sensação de pequenez assolou o nosso íntimo perante tamanha explosão de natureza intocada… e logo, o deslumbre, quase infantil, que raramente se vive.

Chegamos à fronteira e entramos em Portugal, na Ameijoeira. Aí fizemos o nosso picnic no adro da Capela do Sr. da Boa Morte. Retomamos em direção à Ponte de Dorna sobre a ribeira com o mesmo nome, junto à inverneira Dorna.

A zona de Castro Laboreiro é caracterizada pela prática ancestral da transumância do gado, onde as populações alternavam entre as inverneiras (no outono e inverno, no sopé da serra) e as brandas (na Páscoa subiam ao topo das serras). Além do gado, levavam todo o recheio das casas em carros de bois. Atualmente esta atividade está praticamente extinta.

Seguindo o caminho pelo vale, chegamos à Ponte da Cava da Velha (ou Ponte Nova) sobre o rio Castro Laboreiro. Abandonando a Geira, passamos pela Ponte e Moinhos da Assureira, seguindo a estrada até Castro Laboreiro. Pela estrada parecia fácil, não fosse ela uma subida interminável para os corpos já cansados. Tão cansados que poucos foram os que vislumbraram, entre as copas das árvores, a “Tartaruga” do sopé do Castelo de Castro Laboreiro.

Finalmente chegados, do grande varandim do miradouro, apreciámos a beleza do planalto e das serras da Peneda e de Castro Laboreiro, assim como a argúcia da construção do Castelo. Mas já não havia pernas (nem tempo, felizmente!) para lá subir. Atrás de nós, algumas representações homenageavam as “viúvas dos vivos” (quando os homens emigravam, as mulheres envergavam o traje castrejo negro até ao seu regresso).

Após um breve e refrescante descanso, houve tempo para visitar a Igreja Matriz (de Santa Maria da Visitação) e carimbar um belo exemplar de cão da raça Castro Laboreiro na Credencial do Peregrino.

Estava na hora do regresso… O final das férias e o regresso à escola “É JÁ ALI…”

Que Santiago nos acompanhe no nosso caminho deste novo Ano Letivo!

Cristina Garrido

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